21 fevereiro, 2010

UM TAXI PARA O ALBANY

Começava naquela tarde de 1º de janeiro de 1940 uma relação que George Wesley jamais saberia definir. E isso não é bom. Quando o coração não consegue registrar que sentimentos passam por ele, a alma fica empoeirada, sem brilho ou cor exata. Estamos habituados a saber exatamente o que sentimos, ou então, a acharmos que sabemos ou até a não sentirmos nada. Não conseguimos entretanto conviver com o fato de sentir alguma coisa que não entendemos de forma clara. Como quando o sentimento começa a vagar numa zona de sombras, entre o desejo intenso e sempre satisfeito por alguém, a descoberta de prazeres que nunca se supôs um dia conseguir, uma incontida angústia ao esperar por outro, um inegável ciúme quando o outro não está por perto, um contentamento puro em conversar ouvindo suas histórias e seus problemas; tudo isto misturado com uma inexplicável vontade de que o outro vá embora tão logo acabem as longas jornadas de sexo, uma absoluta resistência a se apresentar ao lado do outro em lugares públicos, um impaciência crescente com o carinho e o cuidado do outro, tudo simultaneamente. LEIA O LIVRO. Acesse www.clubedeautores.com.br e digite Marco Gavazza ou Gavazza na busca por autor.

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