08 outubro, 2007

Criatividade (1)

O que é e o que não é criativo? Quem é criativo? Estas são perguntas com as mais variadas respostas possíveis. Criatividade é algo inerente à personalidade humana, estando mais ou menos presente e ativa em algumas pessoas que em outras. Entretanto, me parece ser a criatividade a característica humana mais democrática que existe, pois não depende de educação formal, de capacitação acadêmica ou cultural. Claro que algumas atividades acabam por exigir essas coisas, mas a criatividade em "estado bruto", creio estar presente em todas as pessoas, desde o seu nascimento. A partir de hoje, postarei neste blog que niguém lê, exemplos aleatórios de criatividade, pinçados de diversos períodos e áreas da atividade humana, tentando explicar "formas" diferentes de ser criativo. Começarei pelo Band-Aid.
O Band-Aid é criativo por reunir numa única peça elementos antes dispersos e indispensáveis a um curativo. Em lugar de um frasco com o antisséptico, um rolo de esparadrapo, uma tira de gaze e uma tesoura -além da habilidade para manusear tudo isso- um único e simples objeto portátil. Assim, agrupar componentes diversos é uma forma de ser criativo. Vale a pena registrar que o Band-Aid não foi desenvolvido em laboratório, mas criado por uma comum dona de casa norte-americana. A referida senhora sofria de uma doença incomum, que deixava sua pele extremamente sensível. Um simples contato mais brusco com uma aresta qualquer podia provocar ferimento e sangramento. Como precaução para conviver com isso, ela deixava preparadas numa gaveta, tiras de esparadrapo com pequenas "almofadas" de tecido grudadas. Quando se feria, simplesmente umedecia com o antisséptico e aplicava no local. Uma vizinha que trabalhava na Johnson's achou aquilo uma boa idéia e levou até a empresa, lá pelos anos 40/50. O resto foi desenvolvimento industrial e uso mundial até hoje.

Letra para música de Cláudia Cunha

Num dia qualquer de setembro
Ela olhou firme em meus olhos
Sua voz distante disse pra mim
Vou embora, 0 amor chegou ao fim.
Disse ainda que levaria tudo com ela
Pois me encontrou sem bem qualquer
Tudo era dela por justiça e direito
Que eu fosse forte e desse meu jeito.
Levou então
A brisa do mar,
A primeira luz da manhã,
As estrelas, o vento, o luar.
Levou o cheiro da chuva,
Levou o riso, o brilho do olhar,
Levou o poente e a maresia,
Levou a canção solta no ar,
Levou a razão de existir cada dia.
Depois mandou um recado
Dizendo que esquecera uma coisa
E finalmente levou o que restava
Meu coração que batia calado.